Em 2018, o renomado pugilista brasileiro José Adilson Rodrigues dos Santos, amplamente conhecido como Maguila, decidiu contribuir com a ciência ao consentir na doação de seu cérebro para fins de estudo. O icônico peso-pesado faleceu nesta quinta-feira, 24 de outubro de 2024, após uma longa batalha contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma enfermidade neurodegenerativa irreversível, diagnosticada em 2013.
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Seis anos antes de sua morte, Maguila formalizou seu desejo ao preencher uma “declaração de vontade”, confirmando seu interesse em disponibilizar o cérebro à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Essa instituição, por sua vez, liderou pesquisas sobre os impactos cumulativos de traumas na cabeça em atletas de diversas modalidades, como boxe, futebol e rúgbi. Dessa forma, a doação representa um passo significativo para entender melhor os efeitos das lesões cerebrais em esportistas.
Com o falecimento do doador, o protocolo exige que os familiares registrem um boletim de ocorrência para notificar o óbito e, posteriormente, acionem o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), efetivando a doação. Esse procedimento garante que a vontade de Maguila seja respeitada. Contudo, até o momento, a família não se pronunciou oficialmente sobre a concretização desse ato.
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Além de suas conquistas nos ringues, Maguila deixa um legado importante ao contribuir para o avanço da ciência. Sua decisão de doar o cérebro pode ajudar na compreensão das consequências das lesões em atletas, promovendo maior conscientização sobre a saúde dos esportistas. Assim, a história de Maguila continua a inspirar e a impactar a vida de muitos, tanto dentro quanto fora do ringue.