Uma descoberta impressionante foi feita recentemente em Devon, quando um caderno de esboços, datado de 1916, foi encontrado em um armário de armazenamento, 109 anos após ser criado. O caderno pertenceu ao tenente Frederick Holmes, um alfaiate de Chelsea que também era artista e lutou na Primeira Guerra Mundial.
Holmes foi enviado para a Frente Ocidental durante a Batalha do Somme, um dos episódios mais sangrentos do conflito. Durante o tempo que passou nas trincheiras, ele produziu 45 esboços coloridos, que retratam tanto os horrores da guerra quanto momentos de serenidade e beleza, como as paisagens do campo francês.
Esboços que revelam o contraste entre o caos e a tranquilidade
Entre as obras mais marcantes, destaca-se o desenho de um soldado solitário na extremidade de uma trincheira, segurando um bayonete e olhando para o horizonte. Outras ilustrações incluem uma coleção de granadas de rifle prontas para ação e uma representação dramática de um campo de batalha em chamas. No entanto, o caderno também apresenta cenas pacíficas, como a tranquilidade de uma praia em St. Cecile e uma igreja em Auxi-le-Château, que escapou dos danos da guerra.
A descoberta e o leilão
O caderno foi encontrado por um vendedor enquanto ele explorava um armário de armazenamento em Devon. A proveniência do caderno permanece desconhecida, mas o leiloeiro o descreveu como uma “descoberta rara e evocativa”. Na capa interna do caderno, Holmes anotou seu nome, regimento, localização e data das obras.
O caderno será leiloado amanhã, 17 de julho, pela Rendells Auctioneers, em Newton Abbot, Devon, com uma avaliação de £1.200 (aproximadamente R$ 9.000). Dave Marochan, especialista da casa de leilões, comentou sobre a importância da descoberta: “As 45 obras são principalmente coloridas e demonstram uma habilidade técnica impressionante. Este caderno não é apenas uma relíquia histórica, mas também uma obra de arte que merece ser preservada”.
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A habilidade de um artista e o olhar detalhado de um alfaiate
A formação de Holmes como alfaiate pode ter influenciado seu talento para capturar com precisão linhas e formas em seus esboços. Marochan enfatizou a qualidade dos desenhos, que conseguem transportar o espectador diretamente para aquele momento histórico, destacando a raridade de encontrar algo assim, que provavelmente mereceria ser exposto em um museu.