Carta inédita de JK encontrada em museu de MG revela homenagem à governanta do ex-presidente

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Uma carta escrita por Juscelino Kubitschek (JK) e recentemente encontrada no Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas (MG) revelou uma faceta pouco conhecida do ex-presidente: a relação próxima com sua governanta, Tereza Bonifácio, natural da cidade mineira.

Datada de 25 de janeiro de 1961, a carta foi enviada nos últimos dias do mandato de JK e fazia parte de uma série de mensagens distribuídas a diversas pessoas. No entanto, no “Livro de Ouro”, onde o documento estava guardado, Juscelino deixou uma dedicatória personalizada a Tereza:

“A Tereza Bonifácio, que durante tanto tempo nos acompanhou nessa dura luta da presidência, trabalhando conosco no Palácio da Alvorada, a homenagem, o apreço e a amizade de Juscelino Kubitschek”.

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A dedicatória também foi assinada por Sarah Kubitschek e pelas filhas do casal, Márcia e Maria Estela, além de convidados ilustres da época, como diplomatas e até a Miss Brasil de 1959, Vera Ribeiro.

Em depoimento dado em 2004 à TV Poços, Tereza recordou sua trajetória ao lado da família presidencial durante a construção de Brasília.

“Quando eu fico vendo o que Brasília é hoje, eu penso: ‘Meu Deus, isso aqui era mato, aqui não existia’. Eu participei desde a fundação, desde a saída de Brasília do chão”, disse.

Ela trabalhou para a família Kubitschek até se aposentar, em 1975, e passou o restante da vida em Poços de Caldas.

O achado foi feito pela historiadora Jussara Soares, durante um estágio de museologia em agosto deste ano.

“Encontrei um tesouro! Era uma carta de JK enviada a várias pessoas em janeiro de 1961. Mas o ‘Livro de Ouro’ revelou que uma delas foi especialmente dedicada a Tereza”, contou.

O texto original da carta traz agradecimentos de JK ao povo brasileiro e um balanço de seu governo:

“Ao aproximar-se o término do meu mandato, venho manifestar-lhe o meu reconhecimento pelo seu patriótico apoio à luta que travei para conduzir a pleno êxito a causa do desenvolvimento nacional”.

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O documento ainda carrega o selo presidencial em alto-relevo e a assinatura de JK, confirmando sua autenticidade.

O museu agora realiza pesquisas sobre a vida de Tereza Bonifácio e prepara uma exposição para mostrar ao público tanto a carta quanto o “Livro de Ouro”.

A descoberta reforça não apenas o vínculo humano de JK com as pessoas próximas, mas também a importância de preservar histórias que ficaram à margem da memória oficial da política brasileira.

 

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