Como eram feitos os sarcófagos?

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Os sarcófagos, peças icônicas associadas ao Egito Antigo, representam uma combinação única de preservação física e simbolismo espiritual. Utilizados inicialmente para proteger os corpos mumificados, eles carregam significados religiosos e históricos que atravessaram séculos, mantendo viva a fascinante tradição funerária egípcia.

Antes da criação de sarcófagos sofisticados, os egípcios depositavam seus mortos diretamente na areia do deserto. O calor intenso desidratava os corpos de forma natural, preservando-os contra a decomposição. Com o tempo, os corpos começaram a ser colocados em caixões de madeira simples, mas isso gerava o apodrecimento tanto dos restos mortais quanto da madeira.

Foi então que surgiu a prática da mumificação, um método complexo que incluía a retirada dos órgãos internos, a desidratação do corpo com substâncias como o natrão e o embalsamamento com óleos. Esse processo evitava a decomposição e garantia que o corpo permanecesse intacto, um requisito essencial para as crenças egípcias sobre a vida após a morte.

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Os sarcófagos, muitas vezes ricamente decorados, eram reservados às classes mais abastadas, como faraós, sacerdotes e nobres. Eles eram adornados com hieróglifos e imagens detalhadas que conectavam o morto às divindades, especialmente Osíris, deus do além. Esses ornamentos tinham propósitos espirituais, ajudando o falecido a alcançar o julgamento no além-vida.

Além dos corpos, as tumbas também abrigavam jarros canópicos onde eram armazenados os órgãos preservados, protegidos por representações de deuses. Muitos sarcófagos continham textos do “Livro dos Mortos”, guias espirituais que auxiliavam o falecido a superar os desafios do pós-vida.

Essa prática evoluiu ao longo dos períodos dinásticos. As tampas de sarcófagos passaram a ter formas humanas, com detalhes que retratavam o morto e reforçavam suas conexões divinas. Já as tumbas cresceram em complexidade, culminando em mastabas e pirâmides, símbolos imponentes do Egito Antigo.

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Curiosamente, a mumificação não se restringia aos humanos. Animais considerados sagrados, como gatos, crocodilos e babuínos, também eram embalsamados e colocados junto aos mortos. Esse hábito reforçava a ligação dos egípcios com suas crenças espirituais e divinas.

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