O Colossoma macropomum, conhecido como tambaqui, é o principal peixe amazônico cultivado no Brasil. O animal pertencente à água doce pode chegar facilmente aos 30 quilos, e muda de cor quando se vê numa situação de estresse.
++ Finlândia inaugura a maior bateria de areia do mundo para armazenar energia limpa
Ainda que seja cultivado também em outros países como China, Vietnã, Indonésia e Malásia, mas, em termos de criação, o Brasil é maior produtor, atingindo cerca de 110 toneladas em 2022, segundo o IBGE.
De acordo com um estudo brasileiro publicado na revista Aquaculture, conduzido por pesquisadores da Unesp, em Jaboticabal, em parceria com a Embrapa, o ambaqui tem um padrão muito específico de coloração da pele, caracterizado como um contra-sombreamento, variante de acordo com o ambiente.
Quando acontece essa mudança, a parte de cima permanece no tom habitual verde-oliva, enquanto o lado ventral, a parte de baixo, torna-se verde-escuro ou preto. Existem duas causas principais para a mudança de cor no peixe amazônico: a primeira delas é a mudança morfológica de longo prazo, uma estratégia da seleção natural para camuflagem, sobrevivência ou adaptação ao ambiente ao longo do tempo. A outra causa é a mudança fisiológica de cor por estímulos de curto prazo.
++ NASA sugere possibilidade de vida extraterrestre em Ceres
“Esse processo é regulado tanto pelo sistema nervoso simpático, quanto pelo sistema endócrino que também está envolvido na resposta ao estresse em peixes. O cortisol é considerado o principal hormônio do estresse em peixes”, afirmou o estudo.
