No centro da Transilvânia, os telhados de Sibiu exibem janelas alongadas que lembram olhos semicerrados. Apesar das inúmeras interpretações místicas, essas aberturas surgiram por necessidade prática e, sobretudo, por engenhosidade arquitetônica.
++ Em 1990, uma paleontóloga localizou um fóssil de T. rex extremamente preservado
Durante a Idade Média, Sibiu cresceu como um importante polo comercial ocupado por saxões alemães. Nesse contexto, as casas passaram a incluir sótãos amplos, usados para armazenar grãos, tecidos e outros materiais sensíveis à umidade. Além disso, os moradores buscavam proteger esses bens sem comprometer a ventilação. Por isso, criaram aberturas curvas que permitiam a circulação constante do ar, embora bloqueassem chuva e neve.
Com o passar dos séculos, muitos sótãos ganharam novas funções e se transformaram em espaços habitáveis. Consequentemente, as antigas aberturas se adaptaram às necessidades da vida diária e se tornaram pequenas janelas funcionais. A arquitetura local, igualmente influenciada pelo estilo germânico, manteve essas formas características e reforçou a identidade visual da cidade.
++ Surpreendente: Mãe e filho recebem diagnósticos de câncer no mesmo dia nos EUA
Atualmente, os famosos “Olhos de Sibiu” ultrapassam seu uso original e ocupam o imaginário coletivo. Assim, eles inspiram lendas, memes e interpretações poéticas que retratam a cidade como uma observadora silenciosa de sua própria história. Como resultado, esses elementos arquitetônicos se consolidam como um dos símbolos mais marcantes da Transilvânia moderna.
