Um crime chocante nos Estados Unidos, ocorrido em 1982, expôs vulnerabilidades na indústria farmacêutica e desencadeou uma revolução nos padrões de segurança de medicamentos. Conhecido como Chicago Tylenol Murders, o caso envolveu a contaminação de cápsulas de Tylenol com cianeto, causando a morte de sete pessoas, incluindo uma menina de 12 anos.
O autor do crime jamais foi identificado, embora James William Lewis, que chegou a exigir dinheiro da fabricante do remédio em troca do fim dos envenenamentos, tenha sido preso por extorsão. Lewis, que cumpriu 10 anos de prisão e faleceu em 2023, nunca foi formalmente acusado pelos assassinatos.
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A tragédia gerou pânico nacional e levou à retirada em massa de medicamentos das prateleiras, pressionando autoridades e empresas a implementar mudanças rápidas. Em 1983, os Estados Unidos aprovaram uma lei federal que tornou crime a adulteração de produtos de consumo. Pouco tempo depois, em 1989, a FDA (agência reguladora norte-americana) introduziu regras rigorosas para a segurança das embalagens de medicamentos, incluindo lacres invioláveis e sistemas que sinalizam qualquer tentativa de manipulação.
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Essas medidas, além de restaurarem a confiança dos consumidores, marcaram o início de um movimento global por maior segurança em produtos farmacêuticos. Cápsulas fáceis de abrir foram substituídas por comprimidos mais resistentes a adulterações, e selos de integridade tornaram-se padrão no setor.
O caso não apenas redefiniu os protocolos nos Estados Unidos, mas também influenciou regulamentações em diversos países, deixando um legado duradouro para a proteção da saúde pública.