Biólogos e fotógrafos encontraram uma forma criativa de ilustrar o diminuto tamanho do sapo Brachycephalus pitanga. Em vez de moedas ou réguas, ele optou por uma pitanga — a fruta que inspira o nome da espécie. A escolha não apenas reforçou o vínculo regional como também conferiu originalidade à imagem.
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As imagens transmitem a sensação de que ele interage com a pitanga, o que confere carisma ao ensaio. Nesse sentido, foi priorizado a espontaneidade e o respeito ao ambiente.
Endêmico de regiões úmidas e montanhosas — geralmente acima de 800 metros de altitude — o Brachycephalus pitanga surpreende pela forma de reprodução: diferentemente de outros sapos, ele não possui fase aquática. Seus ovos geram pequenas réplicas da forma adulta, sem passar por girino.
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Além disso, os machos vocalizam, mas não ouvem. A comunicação com as fêmeas se dá por vibrações no solo e movimentos corporais. Outro detalhe fascinante: o sapinho possui coloração vibrante e toxicidade que só se manifesta se for ingerido por predadores.
Para completar o encanto, a espécie brilha sob luz ultravioleta, revelando uma faceta invisível a olho nu. Assim, esse microanfíbio não apenas representa a riqueza da fauna brasileira, como também revela o quanto ainda há para se admirar nos detalhes da vida silvestre.