Raro e misterioso, o tubarão-duende vive exclusivamente em águas muito profundas. Por essa razão, é considerado um “fóssil vivo” e foi documentado pela primeira vez em 1898, no Oceano Índico.
Além disso, ele é o único sobrevivente da família Mitsukurinidae, batizada em homenagem a Kakichi Mitsukuri, o zoologista que possibilitou seu estudo científico.
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Sua aparência peculiar chama atenção, especialmente pela forma da cabeça e da mandíbula. A cabeça apresenta uma narina achatada com eletrorreceptores que detectam campos elétricos, enquanto a mandíbula é projetada e proeminente, permitindo ataques precisos às presas.
Diferentemente de outros predadores marinhos, suas mandíbulas são controladas por ligamentos elásticos. Isso significa que ele consegue estender a mandíbula para alcançar presas, o que é uma habilidade única entre tubarões.
Apesar de seu visual assustador, o tubarão-duende não oferece perigo significativo aos humanos. Isso ocorre porque ele habita regiões extremamente profundas do oceano, tornando os encontros com humanos bem raros.
Entretanto, alguns casos registrados chamam atenção. Por exemplo, quando capturados e mantidos em aquários, esses tubarões costumam morrer rapidamente. Além disso, em 2003, no norte de Taiwan, mais de 100 tubarões-duendes foram pescados durante um único mês. Especialistas acreditam que um terremoto ocorrido na região pode ter causado este fenômeno, que nunca voltou a se repetir.
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Aqui no Brasil, um caso curioso aconteceu em 2011, quando um exemplar foi encontrado morto na costa do Rio Grande do Sul, a apenas 400 metros de profundidade. O animal foi doado à Universidade Federal do Rio Grande (FURG) para estudos.
Portanto, o tubarão-duende continua sendo uma fascinante prova de como o fundo do mar ainda guarda muitos mistérios e surpresas.