No remoto Vale do Rio Omo, no sul da Etiópia, a antiga tribo Bodi mantém costumes que contrastam fortemente com os ideais estéticos globais. Enquanto grande parte do mundo exalta corpos definidos e abdômens esculpidos, os Bodi reverenciam justamente o oposto: para eles, a grande barriga simboliza prestígio.
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Na visão desse povo milenar, um ventre volumoso não significa descuido com o corpo, mas sim fartura, poder e bem-estar. Ademais, a gordura abdominal, longe de ser motivo de vergonha, transforma-se em um emblema de status social e prosperidade.
Todos os anos, os Bodi realizam uma celebração que eleva esse ideal ao ponto máximo. Nesse ritual, os homens competem para exibir o maior abdômen, e o vencedor recebe respeito coletivo, sendo reverenciado quase como um rei pela comunidade.
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Contudo, essa tradição vai além de uma disputa curiosa. Ela reflete valores simbólicos que associam abundância corporal à fertilidade, à capacidade de prover e ao vínculo com os antepassados. Assim, enquanto muitos povos medem o sucesso por bens materiais ou força física, os Bodi reconhecem no corpo volumoso uma expressão de bem-estar coletivo.