Convivência com gatos transforma o cérebro humano e o comportamento dos felinos

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O vínculo entre humanos e gatos promove bem-estar mútuo e fortalece conexões emocionais. (Foto: Tugera / Unsplash)

A convivência diária com gatos promove mudanças significativas tanto no cérebro humano quanto no comportamento dos próprios felinos. De acordo com especialistas, o contato frequente com esses animais ativa no cérebro humano substâncias como ocitocina e dopamina, que estão ligadas ao bem-estar emocional e à sensação de segurança. O ronronar do gato, por exemplo, tem efeito calmante, sendo comparável a práticas de relaxamento como a meditação.

Sérgio Jordy, neurologista membro das academias americana e europeia de neurologia, explica que essa interação ativa circuitos cerebrais semelhantes aos estimulados por vínculos familiares profundos. A simples presença do gato em casa, especialmente em ambientes tranquilos, reforça a percepção de segurança e conforto para o tutor.

Do lado dos gatos, viver em um lar estável reduz a necessidade de estar constantemente em alerta. Segundo o veterinário Thiago Borba, em ambientes previsíveis, o cérebro felino aciona com mais frequência áreas relacionadas ao descanso, o que diminui comportamentos defensivos. Já gatos que vivem soltos permanecem mais atentos a movimentações e barulhos, pois precisam reagir rapidamente a possíveis ameaças.

Além disso, os gatos são capazes de perceber alterações sutis no comportamento humano, como mudanças na voz ou na postura, e ajustam suas ações de acordo com o estado emocional do tutor. Em momentos de estresse, tendem a manter distância; em situações de calma, se aproximam com mais facilidade.

Com o tempo, essa convivência fortalece o vínculo entre tutor e animal. O gato passa a confiar mais, permanecendo por mais tempo no mesmo ambiente e aceitando interações com maior naturalidade. Já o tutor aprende a identificar as necessidades do felino, promovendo uma relação de troca equilibrada.

Esse vínculo contínuo beneficia ambos: o humano encontra estabilidade emocional na rotina com o pet, enquanto o gato se sente seguro e com acesso constante aos recursos de que precisa. A interação mútua, portanto, transforma a forma como ambos percebem e reagem ao ambiente ao redor.

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