O dia 25 de abril é celebrado como o “Dia do Corno” em algumas regiões, sobretudo nos Açores, Portugal. A tradição tem raízes religiosas que remontam ao século XVIII, quando fiéis levavam ao altar uma coroa com um chifre de animal na ponta durante procissões em honra a São Marcos. Na ocasião, os padres coroavam os homens casados, simbolizando a fidelidade conjugal. Com o passar do tempo, essa prática sagrada transformou-se em motivo de piada popular, especialmente no Brasil, onde o termo “corno” passou a ser associado a homens traídos por suas parceiras.
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No Brasil, a data ganhou grande notoriedade nas redes sociais, com memes e postagens comemorativas. Apesar de não ser uma data oficial, o “Dia do Corno” é celebrado de forma irreverente, com muito humor e sátira. Além disso, o termo “corno”, que anteriormente carregava forte conotação pejorativa, passou a ser encarado com mais leveza, tornando-se inclusive tema de músicas populares que abordam a traição de maneira humorística.
A origem da data nos Açores remonta a uma festa profana realizada durante o dia de São Marcos. Nessa ocasião, homens traídos por suas esposas seguiam em procissão até um templo, onde recebiam uma bênção e uma coroa, enquanto os homens solteiros assistiam ao ato. Conforme relatos locais, após a proibição da cerimônia pela igreja, um boi com chifres teria invadido o templo e se ajoelhado no momento da coroação, fortalecendo assim a associação simbólica com os chifres.
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Hoje, o “Dia do Corno” representa uma curiosa mistura de tradição, humor e reflexão sobre as relações afetivas e a fidelidade. Ademais, a data é celebrada de forma descontraída por muitas pessoas, demonstrando como antigas práticas religiosas podem ganhar novos significados culturais ao longo do tempo.