Documentos secretos indicam que rainha Elizabeth foi mantida no escuro sobre espião por quase uma década

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Novos documentos divulgados pelo MI5, o serviço de inteligência britânico, revelam que a rainha Elizabeth II ficou por anos sem saber que um membro próximo da casa real, Anthony Blunt, era um agente duplo soviético. Embora Blunt tenha confessado seu envolvimento em 1964, a informação só chegou ao conhecimento da monarca em 1973, segundo os registros recém-tornados públicos.

Blunt, um renomado historiador de arte e integrante do grupo de espiões Cambridge Five, teria admitido sua colaboração com a União Soviética durante interrogatórios do MI5. No entanto, o atraso em informar a rainha sobre o caso gerou questionamentos sobre a conduta do serviço de segurança e do secretário particular da monarca na época, Michael Adeane, que também demorou anos para tomar ciência completa da situação.

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As informações agora reveladas desafiam a narrativa tradicional de que a rainha foi informada logo após as confissões de Blunt. A publicação desses documentos ocorre em meio a uma nova exposição no Arquivo Nacional em Kew, onde registros do MI5 destacam momentos marcantes da história da inteligência britânica, incluindo detalhes sobre a confissão de outro espião do Cambridge Five, Kim Philby.

Anthony Blunt permaneceu como curador das Coleções Reais mesmo após sua confissão, o que só aumentou a controvérsia sobre sua influência dentro do palácio. Foi apenas em 1979, sob o governo de Margaret Thatcher, que seu papel como espião se tornou público.

O caso Blunt ressurge em um momento em que a monarquia britânica enfrenta novas alegações de espionagem. Recentemente, o suposto envolvimento de um espião chinês, Yang Tengbo, conhecido como Chris Yang, levantou suspeitas. Yang teria se aproximado do príncipe Andrew para coletar informações confidenciais sobre a família real, explorando sua vulnerabilidade em meio a polêmicas públicas.

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Documentos obtidos pelas autoridades indicam que Yang mantinha acesso privilegiado a propriedades reais e tinha proximidade com conselheiros do príncipe. O caso reforça o interesse constante de potências estrangeiras em informações sensíveis sobre a monarquia britânica.

As novas revelações sobre Blunt e o contexto atual evidenciam como a segurança e a confidencialidade permanecem desafios persistentes, mesmo para instituições historicamente protegidas como a Família Real.

 

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