A recente liberação de mais de 2.000 documentos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy trouxe à tona segredos que ficaram ocultos por décadas. Entre os arquivos divulgados pelo governo dos Estados Unidos, um dos achados mais surpreendentes envolve Manuel Machado Llosas, um aliado próximo de Fidel Castro que, segundo os registros, atuava como agente da CIA.
Os documentos indicam que Machado Llosas, que ocupava um cargo de destaque no movimento revolucionário mexicano, foi recrutado pela agência para monitorar as atividades de grupos cubanos na Cidade do México. Sua proximidade com líderes como Castro o tornava uma peça estratégica para ações de inteligência, inserindo-o diretamente no complexo jogo de espionagem da Guerra Fria.
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A revelação faz parte de um vasto conjunto de informações que, por anos, permaneceram sob sigilo. Advogados e especialistas em transparência governamental têm pressionado pela liberação desses documentos desde 2017, argumentando que muitas informações são mantidas classificadas de maneira excessiva.
Outro relatório liberado detalha a visão dos Estados Unidos sobre a postura política de Fidel Castro na década de 1960. O documento aponta que, apesar da rivalidade com Washington, o líder cubano evitava um confronto direto com os EUA para preservar a estabilidade de seu regime. No entanto, indicava que seu governo ampliaria o apoio a movimentos subversivos na América Latina.
A divulgação dos arquivos reacendeu debates sobre a atuação da CIA durante a Guerra Fria e reforçou como os bastidores da política internacional daquela época ainda guardam mistérios a serem desvendados.