Elon Musk voltou a defender um de seus maiores projetos: transformar Marte em um refúgio para a humanidade. Em entrevista à Fox News, o bilionário fundador da SpaceX afirmou que a colonização do planeta vermelho é uma necessidade urgente — ainda que o “prazo final” para a vida na Terra esteja a centenas de milhões de anos de distância.
A preocupação de Musk tem origem no destino natural do nosso sistema solar. Segundo ele, o Sol vai continuar crescendo até se tornar uma gigante vermelha, o que acabará tornando a Terra inabitável ao longo dos próximos 450 milhões de anos. Para o empresário, isso já é motivo suficiente para iniciar o quanto antes uma mudança de escala civilizatória: sair do planeta natal e espalhar a vida humana por outros mundos.
++ Crucifixo usado por Leão XIV guarda fragmento de osso de Santo Agostinho
A ferramenta central dessa missão é a Starship, foguete da SpaceX projetado para transportar grandes cargas e pessoas rumo a Marte. O veículo já passou por dois voos de teste em 2025 — o último, em março, teve desempenho parcial, com a decolagem bem-sucedida, mas explosão do módulo superior pouco depois do lançamento. Apesar disso, os testes continuam, e o nono voo experimental está sendo preparado.
Para viabilizar a empreitada, a SpaceX está construindo uma fábrica gigante no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Conhecida como “Gigabay”, a instalação funcionará como linha de montagem e manutenção das naves. Também está em curso a adaptação de plataformas históricas, como a LC-39A — usada nas missões da NASA à Lua —, para lançamentos futuros. Há ainda planos de reutilizar bases da era Apollo e até abastecer naves no espaço.
++ Criador do cubo mágico demorou um mês para conseguir resolvê-lo e mostrá-lo ao mundo
Mas antes de decolar de vez, a empresa precisa cumprir uma série de exigências ambientais impostas por autoridades americanas. Mesmo assim, Musk não parece disposto a desacelerar. Para ele, a sobrevivência da humanidade depende da capacidade de se tornar uma espécie multiplanetária.
“É isso ou esperar o fim inevitável”, resumiu.
