O pica-pau chama atenção por martelar troncos com o bico, repetidamente e com força impressionante. Esse comportamento serve tanto para buscar alimento quanto para escavar locais onde constrói seus ninhos. Contudo, apesar do impacto constante, o cérebro do animal permanece ileso graças a adaptações extraordinárias — e uma delas envolve um detalhe anatômico surpreendente: a língua.
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Ao contrário de outras aves, o pica-pau possui uma língua incrivelmente longa, que se estende por dentro da cabeça, contorna a parte de trás do crânio e se enrola ao redor do cérebro. Essa disposição inusitada atua como um sistema natural de proteção, semelhante a um cinto de segurança. Dessa forma, a estrutura ajuda a absorver e dissipar a energia dos impactos repetitivos.
Além disso, a língua é envolta por músculos e tecidos elásticos, que reforçam esse mecanismo de defesa. Esses elementos funcionam como um sistema de amortecimento, reduzindo ainda mais a força das batidas contra a madeira. Portanto, o que à primeira vista parece apenas uma ferramenta de alimentação cumpre um papel vital na proteção neurológica da ave.
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Em suma, essa adaptação complexa exemplifica a engenhosidade da natureza. A mesma língua que garante a sobrevivência ao permitir a captura de insetos também protege o pica-pau dos efeitos colaterais de seu comportamento extremo. Assim, o que seria um risco constante se transforma em uma demonstração impressionante de evolução biológica.