Erro em clínica de fertilização choca a Austrália após mulher gestar filho de outra paciente

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Um caso raro e alarmante envolvendo um procedimento de fertilização in vitro gerou comoção na Austrália. Uma mulher deu à luz a uma criança que, biologicamente, pertence a outro casal após uma falha na manipulação de embriões em uma clínica de reprodução assistida na cidade de Brisbane.

A troca, que ocorreu na unidade da rede Monash IVF, veio à tona apenas meses depois, quando o casal que deveria receber o embrião solicitou a transferência dos materiais genéticos armazenados para outra instituição. Durante o processo, os responsáveis notaram que a quantidade de embriões não batia com os registros. Um embrião extra estava armazenado, e o número total não correspondia ao esperado.

A clínica então iniciou uma investigação interna e, segundo nota oficial, descobriu que o embrião de outra paciente havia sido descongelado e implantado indevidamente. Os envolvidos foram informados do erro dias após a confirmação do ocorrido.

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“Estamos devastados e profundamente arrependidos”, declarou o diretor executivo da Monash IVF, Michael Knaap. A empresa classificou o caso como um “erro humano isolado” e garantiu que auditorias adicionais foram realizadas para evitar que falhas semelhantes se repitam. Além disso, a advogada Fiona McLeod foi contratada para conduzir uma apuração independente, cujas recomendações serão seguidas integralmente, segundo o grupo médico.

O episódio foi oficialmente comunicado ao Comitê de Credenciamento de Tecnologia Reprodutiva, responsável por regulamentar os serviços de reprodução assistida no estado de Queensland.

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Essa não é a primeira vez que a Monash IVF se vê no centro de uma polêmica. Em 2023, a empresa já havia firmado um acordo milionário com ex-pacientes após alegações de descarte indevido de embriões saudáveis por conta de falhas em testes genéticos. Na ocasião, embora tenha pago US$ 56 milhões em indenizações, o grupo negou qualquer responsabilidade.

O caso mais recente reacende o debate sobre os protocolos de segurança em clínicas de fertilização e sobre o impacto emocional e ético de falhas que envolvem a criação da vida.

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