A Alpha School, em Austin (Texas), tem chamado atenção ao substituir o ensino tradicional por um sistema baseado em inteligência artificial (IA). No lugar de professores, os alunos utilizam softwares que orientam o aprendizado em disciplinas básicas, como matemática e leitura, em jornadas de apenas duas horas por dia.
Com mensalidades anuais de aproximadamente US$ 40 mil (cerca de R$ 217 mil), a escola direciona o restante do tempo para atividades práticas, acompanhadas por “guias” adultos. O currículo prioriza empreendedorismo, educação financeira, oratória e experiências interativas, como simulações de engenharia de alimentos ou debates culturais.
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Segundo a administração, o método permite que os estudantes avancem em seu próprio ritmo, com desempenho até 2,6 vezes mais rápido que em modelos convencionais. No ensino médio, por exemplo, há espaço para que alunos se ausentem para participar de reuniões de negócios próprios.
Fundada em 2014 pela organização Legacy of Education, a Alpha começou com 16 alunos e hoje tem cerca de 250, distribuídos em dois campi em Austin. A meta é expandir até 2026 para outras regiões, como Nova York e Porto Rico.
Apesar da proposta, especialistas levantam críticas. Questionamentos giram em torno da falta de professores formados, do tempo excessivo diante de telas e da possível limitação no desenvolvimento do pensamento crítico e da socialização entre os estudantes.
O processo seletivo inclui apresentação institucional, preenchimento de formulários, pagamento de taxa e participação em um “Shadow Day”, quando candidatos vivenciam a metodologia antes de passar por entrevistas com um comitê avaliador.
Enquanto a cofundadora Mackenzie Price defende que a IA personaliza o aprendizado e “transforma a sala de aula em campo de batalha global”, o modelo ainda divide opiniões sobre sua real eficácia e impacto na formação de longo prazo dos estudantes.
