Duas esculturas monumentais avaliadas em mais de US$ 2 milhões (cerca de R$ 11 milhões) desapareceram misteriosamente de um galpão na Califórnia (EUA) e foram recuperadas uma semana depois em circunstâncias igualmente inusitadas. As obras, criadas pelo artista e cineasta Daniel Winn, estavam armazenadas em um depósito em Anaheim Hills e sumiram entre os dias 14 e 15 de junho.
As peças levadas foram “Quantum Mechanics: Homme”, avaliada em US$ 1,8 milhão, e “Icarus Within”, estimada em US$ 350 mil. Ambas são feitas de acrílico, bronze e aço inoxidável, pesam juntas cerca de 2,7 toneladas e exigem estrutura pesada para transporte — incluindo guindastes e equipes especializadas.
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Apesar da dificuldade logística, as esculturas foram furtadas sem deixar pistas imediatas. Segundo a polícia de Anaheim, elas foram localizadas uma semana depois dentro de um trailer, estacionado na garagem de uma residência na mesma cidade, após denúncias feitas por moradores da região. Até o momento, ninguém foi preso.
O artista acredita que o crime possa ter sido encomendado por um colecionador de arte. Já especialistas temiam que as obras fossem destruídas e vendidas como sucata. “Foi devastador”, afirmou Winn ao Los Angeles Times, ao descrever o impacto do sumiço. Ele entregou à polícia uma lista de pessoas que haviam demonstrado interesse pelas esculturas nas semanas anteriores.
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Para o sargento Matt Sutter, da polícia local, este foi o maior furto que ele já presenciou em 25 anos de carreira. “Já vimos roubos em mansões, mas levar esculturas de quase três toneladas exige uma operação profissional. É algo inédito para nós”, disse.
Especialistas como Chris Marinello, que atuam na recuperação de obras de arte, destacam que crimes como esse frequentemente resultam na destruição das peças. “Para os ladrões, a arte vale mais como quilo de metal do que como obra-prima”, afirmou.