A disputa pelo retorno à Lua está em andamento, colocando Estados Unidos e China em uma competição que combina inovação tecnológica e ambições geopolíticas. Enquanto ambos os países miram pousos tripulados ainda nesta década, o progresso de seus programas espaciais apresenta desafios e estratégias distintas.
Nos Estados Unidos, a NASA lidera a iniciativa Artemis, planejada em três missões progressivas. A Artemis I, lançada em 2022, testou a cápsula Orion sem tripulação, e a Artemis II, prevista para 2025, levará astronautas em uma missão orbital sem pouso. O objetivo final é a Artemis III, que colocará a primeira mulher e a primeira pessoa negra na superfície lunar. No entanto, atrasos no desenvolvimento de trajes espaciais e do módulo de pouso, construído pela SpaceX, têm empurrado o cronograma para 2026 ou até além.
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Enquanto isso, o programa espacial da China avança sem grandes interrupções. Desde o lançamento de seu primeiro astronauta em 2003, o país acumulou marcos significativos, incluindo missões robóticas bem-sucedidas à Lua por meio do programa Chang’e. As autoridades chinesas prometem um pouso lunar tripulado até 2030 e apresentaram recentemente um traje espacial próprio, já testado para enfrentar os desafios extremos do ambiente lunar.
Ambos os países têm como destino o polo sul lunar, uma região estratégica pela possível presença de gelo, que pode ser convertido em recursos essenciais para uma base lunar e combustível para foguetes. Essa localização centraliza os esforços não apenas no retorno à Lua, mas também na exploração sustentável de longo prazo.
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Embora o programa Artemis seja mais colaborativo, envolvendo parceiros comerciais e internacionais, críticos apontam sua complexidade como um entrave. Em contrapartida, o modelo chinês, mais centralizado, segue uma abordagem simplificada, com foco em cumprir metas estabelecidas.
O desfecho dessa nova corrida espacial pode redefinir o futuro da exploração lunar e do domínio geopolítico fora da Terra. Resta saber quem dará o próximo passo na história da conquista espacial.