A porcentagem seletiva de bilionários ao redor do mundo se tornaram uma numeração essencial na parcela de riqueza global desde que o Laboratório de Desigualdade Mundial começou a registrar os dados, em meados de 1995.
O Relatório de Desigualdade Mundial divulgou, por volta de 2021, que o patrimônio líquido dos mais ricos do planeta cresceu em mais de US$ 3,6 trilhões somente em 2020, aumentando sua participação na riqueza global de famílias para 3,5% durante a época da pandemia da Covid-19.
“Nos países ricos, a intervenção governamental evitou um aumento maciço da pobreza, o que não aconteceu nos países pobres”, explicou Lucas Chancel, principal autor do relatório e codiretor do laboratório. Os especialistas em desigualdade Emmanuel Saez e Gabriel Zucman, da Universidade da California, Berkeley, e Thomas Piketty, da Paris School of Economics, coordenaram o relatório com Chancel.
Nesta análise, foi constatado de que os 10% mais ricos da população global controlaram cerca de 76% da riqueza mundial em 2021. Todavia, os 50% mais pobres possuem apenas 2%. Os 40% médios, por sua vez, acumulavam 22%.
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As fortunas dos ricos se expandiram a uma taxa ainda maior, variando de 3% e 9% ao ano durante o período. A América Latina tem a maior divisão entre os 10% do topo, que dominam 77% da riqueza, e os 50% da base, que possuem apenas 1%. Na comparação, a Europa tem a menor lacuna: os 10% mais ricos possuíam 58% da riqueza total, contra 4% dos 50% mais pobres.