Na Sibéria, o Lago Baikal guarda segredos que intrigam cientistas e fascinam visitantes. Formado há cerca de 25 milhões de anos, ele é considerado o lago mais antigo do planeta e também o mais profundo, com 1.700 metros. Além de concentrar 20% de toda a água doce descongelada da Terra, o Baikal abriga um ecossistema singular, com destaque para os enigmáticos peixes canibais conhecidos como golomyankas.
Esses pequenos animais, das espécies Comephorus baikalensis e Comephorus dybowski, possuem corpo translúcido, sem escamas, e chegam a medir até 21 centímetros. Adaptados a todas as camadas de água do lago, são considerados os peixes de água doce mais abissais do mundo. Sua dieta inclui larvas, crustáceos e, de forma impressionante, os próprios filhotes.
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Mas não é só pela fauna peculiar que o Baikal chama atenção. Durante o inverno, o lago apresenta gigantescos anéis de gelo que podem ser observados do espaço. O fenômeno, estudado pela NASA, ocorre quando redemoinhos de água quente vindos das profundezas encontram a superfície congelada, derretendo trechos específicos e formando os círculos hipnóticos.
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Combinando mistério, biodiversidade e beleza natural, o Lago Baikal segue sendo um dos locais mais extraordinários do planeta — um retrato de como a vida pode se adaptar mesmo nos ambientes mais extremos.