O príncipe Andrew, um dos nomes mais polêmicos da monarquia britânica, voltou a ser alvo de controvérsias após o lançamento da biografia “Entitled: The Rise and Fall of The House of York”, escrita por Andrew Lownie. O título, que rapidamente alcançou destaque entre os mais vendidos no Reino Unido, traz revelações consideradas entre as mais duras já publicadas sobre um membro da realeza.
Em entrevista ao portal Splash, Lownie afirmou ter ouvido de uma fonte próxima ao príncipe que ele teria sido vítima de abuso sexual na infância, o que teria desencadeado um comportamento compulsivo relacionado ao sexo. “Minha fonte é alguém muito próximo do príncipe Andrew, e considero suas afirmações confiáveis, embora sejam chocantes”, declarou o autor.
++
De acordo com a obra, Andrew teria tido sua primeira experiência sexual aos oito anos de idade e perdido a virgindade aos 11, em circunstâncias relatadas como traumáticas. O episódio descrito aponta que o pai de um amigo teria contratado prostitutas para atender adolescentes em um hotel de West End, em Londres. O biógrafo acrescenta que, aos 13 anos, o príncipe já acumulava diversas experiências sexuais.
Relatos de ex-colegas de escola, citados no livro, reforçam essa narrativa, mencionando episódios semelhantes envolvendo o príncipe ainda muito jovem. Para a fonte ouvida por Lownie, essas situações podem explicar comportamentos considerados autodestrutivos na vida adulta de Andrew. “Acredito que ele tenha sido vítima de abuso sexual na infância, o que pode justificar suas dificuldades de relacionamento”, destacou.
O autor afirma esperar que sua publicação incentive outras vítimas a compartilharem histórias semelhantes, trazendo mais visibilidade para os efeitos de traumas precoces. A obra também relembra a polêmica ligação do príncipe com o financista Jeffrey Epstein, condenado por tráfico sexual, e menciona o acordo judicial firmado após acusações de Virginia Giuffre, que alegou ter sido forçada a manter relações com Andrew quando era menor de idade.
Segundo o portal UOL, a biografia não apenas reabre discussões sobre o passado do duque de York, mas também levanta reflexões sobre como experiências traumáticas podem moldar o comportamento e as escolhas de uma pessoa ao longo da vida.
