Espalhado por várias áreas da África Subsaariana, o macaco-vervet (Chlorocebus pygerythrus) se destaca tanto pela sociabilidade quanto por traços bastante peculiares. Primeiramente, uma das características mais impressionantes dos machos adultos é a coloração azul intensa de sua genitália — um tom turquesa vibrante que parece quase artificial. Essa coloração, aliás, funciona como um recurso visual para atrair parceiras e afirmar superioridade diante de outros machos.
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Além disso, esses primatas vivem em bandos organizados e mantêm uma comunicação sofisticada, com sons distintos para diferentes ameaças — como serpentes, aves de rapina e grandes felinos. Esse nível de interação, bem como a resposta específica a cada predador, tem despertado grande interesse de pesquisadores da área de primatologia.
Embora apresentem uma aparência cativante e comportamento muitas vezes brincalhão, os vervets enfrentam dificuldades crescentes. Nesse sentido, a redução de seu território natural e as interações cada vez mais frequentes com populações humanas prejudicam suas dinâmicas tradicionais. Contudo, eles se mostram altamente adaptáveis, habitando tanto savanas quanto ambientes urbanos, o que facilita encontros com pessoas em várias localidades.
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A fama das “partes azuis” é apenas um dos muitos motivos que fazem dessa espécie uma das mais observadas e analisadas no estudo do comportamento animal. Afinal, seus traços sociais lembram, em certos aspectos, os dos seres humanos, reforçando ainda mais o interesse científico pelo macaco-vervet.