Um novo estudo publicado na revista Evolution revelou que, desde a extinção dos dinossauros, pelo menos 12 linhagens de mamíferos evoluíram para se alimentar apenas de formigas.
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O estudo levou em consideração quase um século de registros de história natural, relatórios de conservação, descrições taxonômicas e informações da dieta de 4 mil espécies de mamíferos.
Após a organização desses seres em uma árvore genealógica, os cientistas identificaram, pelo menos, cerca de 12 origens independentes da mirmecofagia. A descoberta representa um dos maiores exemplos conhecidos de convergência evolutiva: o fenômeno em que espécies diferentes desenvolvem características semelhantes para lidar com desafios parecidos.
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O estudo também levou em conta a história evolutiva de formigas e cupins para explicar como os mamíferos passaram a se alimentar desses insetos. Os pesquisadores estimaram, ainda, o tamanho das colônias de formigas desde o Cretáceo, há cerca de 145 milhões de anos, e descobriram que, na época, elas representavam menos de 1% dos insetos na Terra.
“Não está claro exatamente por que o número de formigas e cupins aumentou na mesma época. O que está claro é que sua biomassa desencadeou uma cascata de respostas evolutivas entre plantas e animais”, disse Phillip Barden, um dos autores do estudo e professor no Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (NJIT), em entrevista ao site ScienceAlert.
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Embora com benefícios, a pesquisa também apontou que os mamíferos comedores de formigas quase nunca retornam a uma dieta mais convencional, nem se diversificam, após evoluírem. Além disto, linhagens mirmecófagas permanecem limitadas, sendo 8 das 12 representadas por apenas uma espécie.
