Em 6 de agosto de 1945, a cidade de Hiroshima, no Japão, foi devastada pela primeira bomba atômica usada em combate na história. Entre os sobreviventes está Howard Kakita, então com sete anos, que viveu uma das experiências mais marcantes daquele dia e hoje, aos 87 anos, luta contra a proliferação nuclear.
Na manhã do ataque, Howard e seu irmão subiram ao telhado da casa dos avós para observar os bombardeiros B-29 no céu. Pouco depois, a bomba lançada pelo avião Enola Gay explodiu a cerca de 1,3 km do local. O que os salvou, segundo ele, foi a insistência da avó, que os obrigou a descer poucos minutos antes da detonação.
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“Ela nos chamou com firmeza e nós descemos relutantemente. Estávamos no banheiro quando a bomba explodiu”, contou Kakita ao Daily Mail. O impacto o deixou inconsciente. Ao acordar, ele estava sob escombros, mas conseguiu sair sem ferimentos graves.
A explosão matou instantaneamente cerca de 80 mil pessoas. Embora os Kakita tenham sobrevivido ao ataque inicial, nem todos os familiares escaparam. Seus avós maternos morreram: o avô não resistiu a ferimentos na cabeça e a avó nunca foi encontrada.
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Após a guerra, Kakita e o irmão retornaram aos Estados Unidos em 1948, onde se reuniram com os pais, que haviam sido internados em um campo para nipo-americanos durante o conflito. A família se reestabeleceu em Los Angeles.
Hoje, Howard Kakita atua como defensor do desarmamento nuclear, compartilhando sua história como um alerta para os perigos das armas atômicas. “É minha forma de honrar os que não sobreviveram e garantir que isso nunca se repita”, afirma.