A misofonia é um distúrbio neurológico marcado pela intolerância a sons cotidianos, como mastigação, respiração, estalos de língua ou digitação. Embora pareçam inofensivos, esses ruídos podem provocar reações intensas — de raiva e ansiedade até episódios de pânico.
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Em 2022, um estudo internacional recorreu ao método Delphi para reunir especialistas de diversas áreas, como audiologia, psicologia e psiquiatria. O objetivo foi estabelecer, pela primeira vez, uma definição clínica oficial da misofonia. O grupo chegou a um consenso: trata-se de uma “diminuição da tolerância a sons específicos”, com impacto relevante na qualidade de vida dos afetados.
Além disso, uma investigação genética realizada pelo Amsterdam UMC, com mais de 80 mil participantes, identificou ligações entre a misofonia e transtornos como ansiedade, depressão e tinnitus. A pesquisa ainda apontou um marcador genético próximo ao gene TENM2, relacionado à sensibilidade auditiva.
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Essas descobertas reforçam que a misofonia não é exagero ou frescura. Ela representa uma resposta cerebral automática e involuntária a certos estímulos sonoros. Para quem convive com esse desafio, existem caminhos possíveis: terapias específicas, apoio psicológico, grupos de suporte e, sobretudo, estratégias práticas — como o uso de fones de ouvido ou o controle do ambiente acústico.