Arqueólogos investigaram um morro em forma de escorpião, e que pode estar alinhado com os solstícios. A construção faz parte de um sítio arqueológico com cerca de mil anos no México, composto por um complexo de montes e artefatos.
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A descoberta, publicada na revista científica Ancient Mesoamerica, em agosto, é localizada no Vale de Tehuacán, ao norte da Cidade do México, o morro escorpião tem 62 metros de largura.
Os pesquisadores encontraram em 2014, junto a dezenas de artefatos em seu “ferrão”, que ajudaram a datar esse local entre os períodos clássico tardio e pós-clássico inicial, cerca de 600 a 1100 d.C.
A descoberta pode indicar que a população mesoamericana comum também tinha conhecimento dos eventos astronômicos, não somente a elite. “É a primeira indicação de que o conhecimento e o controle dos fenômenos cósmicos baseados em observações solares não estavam totalmente sob controle da alta classe”, disse James Neely, líder do estudo e professor de arqueologia na Universidade do Texas em Austin, em uma entrevista ao portal Live Science.
O morro em forma de escorpião é feito de uma mistura de terra e pedras empilhadas até 80 centímetros de altura. Ainda que milenar, a estrutura permaneceu quase intacta no decorrer dos séculos.
Junto a mais 12 morros, o escorpião parece fazer parte de um complexo civil de 9 hectares, com covas e fossas de armazenamento. Os pesquisadores acreditam que esse conjunto ajudava os agricultores a saber quando plantar e colher, além de guiar a prática de rituais.
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Para entender essa função, a equipe calculou a trajetória do Sol durante os solstícios. “Estimamos que, na manhã do solstício de verão, se uma pessoa avistasse o ‘ferrão’ (o aglomerado circular de cerâmica na suposta extremidade da cauda do escorpião), o Sol nasceria acima da ponta da garra norte (esquerda)”, descreveram no estudo.