Um estudo revelou que mulheres transgênero são em torno de 20% mais fortes e possuem capacidade pulmonar 20% maior durante o exercício do que as cisgênero com o mesmo nível esportivo.
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De acordo com o que foi publicado pelo periódico científico British Journal of Sports Medicine, os pesquisadores concluíram que mesmo a exposição prolongada ao estrogênio e a supressão da testosterona não foram suficientes para realizar a mudança dos corpos masculinos para os femininos.
“Essas descobertas adicionam novos insights às escassas sobre um tópico altamente controverso que é a participação de mulheres transgênero em atividades físicas. Isso pode ajudar nas regras e decisões sobre a participação de mulheres transgênero em práticas esportivas”, afirma o pesquisador Leonardo Alvares, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, um dos autores do estudo.
Na pesquisa recente, foi avaliado a capacidade pulmonar e a força coração-pulmão de 15 mulheres transgênero, 13 homens e 14 mulheres cisgênero. Em suma, todos os voluntários possuíam em torno de 30 e poucos anos e participavam de níveis semelhantes de atividade física.
Acredita-se que o VO2 seja o melhor indicador da capacidade aeróbica. O estudo aponta, ainda, que nas voluntárias trans, embora o nível de VO2 tenha caído significativamente em comparação com o dos homens, ainda era maior do que nas mulheres cisgênero. Enquanto o pico de VO2 nas transgênero foi de cerca de 2.606, nas cisgênero chegou a 2.167. “Essa nova evidência não apoia a elegibilidade de mulheres trans para as categorias femininas da maioria dos esportes”, apontou o pesquisador Alun Williams, da Universidade Metropolitana de Manchester, no Reino Unido.