Geoffrey Hinton foi líder de uma equipe dentro da Universidade de Toronto que, em 2012, lançou ferramentas de inteligência artificial consideradas fundamentais para a criação de programas como o ChatGPT da Open AI (empresa hoje sob o guarda-chuva da Microsoft).
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Em 2023, no entanto, o especialista pediu demissão do Google, após mais de uma década na gigante de busca. Ele, que foi o pioneiro da IA, admitiu ter se arrependido pelo papel na criação da ferramenta. Em entrevista concedida ao The New York Times, ele desabafou sobre sua percepção.
“Eu busco consolo com a desculpa padrão: se não fosse eu, alguma outra pessoa poderia ter feito o mesmo”, explica. “É difícil enxergar como seria possível evitar que grupos mal intencionados a utilizam para coisas ruins”, completa Geoffrey.
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Hilton, que chegou a receber o prêmio Turing de 2018, também conhecido como o “Prêmio Nobel da Computação”, apontou os riscos pela IA e seu desenvolvimento constante. “A ideia [era] que essas coisas poderiam realmente ficar mais inteligentes do que as pessoas — algumas pessoas acreditaram nisso. Mas a maioria das pessoas achou que estava errado. E eu pensei estar longe. Pensei ser de 30 a 50 anos ou até mais longe. Obviamente, não penso mais assim”, diz.
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Entre as preocupações que cercam o tema estão o impacto econômico potencial, um cenário regulatório ainda insuficiente e a capacidade de IAs generativas (aquelas que geram texto ou imagens baseadas em perguntas e sugestões dos usuários) criarem desinformação.