Ozzy Osbourne e sua batalha final contra o Parkinson deixa legado de coragem e honestidade

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O mundo da música perdeu nesta terça-feira (22/7) uma de suas figuras mais marcantes. Ozzy Osbourne, vocalista lendário do Black Sabbath e ícone absoluto do heavy metal, faleceu após anos de luta contra a Doença de Parkinson tipo II. Aos fãs, restam o luto e a memória de uma carreira revolucionária marcada por intensidade, autenticidade e coragem diante da adversidade.

A batalha de Ozzy contra o Parkinson foi revelada ao público em 2020, mas os sinais da fragilidade de sua saúde já vinham desde o ano anterior, quando sofreu uma queda em casa que agravou antigas lesões — algumas delas causadas por um acidente de quadriciclo em 2003, que deixou sequelas permanentes.

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Desde então, foram anos de cirurgias, internações e reabilitação. Em uma entrevista emocionada ao Good Morning America, Ozzy expôs a dura realidade de viver com a doença, que compromete o sistema nervoso e afeta diretamente a mobilidade. “Esconder as coisas é difícil. Você se sente inadequado e culpado. Estou melhor agora por reconhecer que tenho Parkinson”, disse ele, ao lado da esposa Sharon Osbourne.

O cantor também falou, em diversas ocasiões, sobre o peso emocional de estar afastado dos palcos. A turnê adiada desde 2019 era um desejo pessoal não apenas como artista, mas como homem que sentia que havia perdido sua função dentro da própria família. “Odeio não poder fazer meu trabalho. Ver minha esposa e filhos saírem para trabalhar enquanto fico parado me destrói por dentro”, declarou.

Nos últimos meses, Ozzy revelou que já não conseguia mais andar e que vinha enfrentando dificuldades crescentes com a progressão da doença. A isso se somavam as cicatrizes de uma vida marcada por excessos — ele passou por diversas clínicas de reabilitação para tratar dependência química e teve complicações graves na coluna.

A causa exata da morte ainda não foi divulgada, mas o legado que ele deixa transcende o fim. Ozzy Osbourne foi mais do que um frontman carismático: foi um símbolo de resistência, vulnerabilidade e verdade. Uma figura que expôs suas dores sem perder a dignidade, e que mostrou que até os gigantes do rock também são humanos.

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