A madrugada desta terça-feira (16) foi marcada por um crime cinematográfico no Museu de História Natural de Paris. A galeria de mineralogia foi invadida por criminosos que furtaram pepitas de ouro avaliadas em cerca de R$ 3,7 milhões (600 mil euros).
Mais do que o valor financeiro, especialistas ressaltam o patrimônio científico incalculável das peças, incluindo a primeira pepita de ouro encontrada na Guiana Francesa.
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Como ocorreu o crime
Segundo a investigação preliminar, os ladrões demonstraram planejamento meticuloso:
- Usaram maçarico para romper o vidro blindado que protegia os itens;
- Serraram uma porta de emergência para acessar a galeria;
- Deixaram ferramentas no local, que agora são analisadas pela polícia.
O furto só foi descoberto pela manhã, quando uma funcionária da limpeza encontrou o espaço revirado.
Caso tratado como ação de quadrilha
As autoridades francesas acreditam que o roubo foi cometido por uma organização criminosa especializada. A Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) assumiu o caso, que envolve furto qualificado, crime organizado e dano ao patrimônio cultural.
Medidas de segurança
Após o incidente, a direção do museu decidiu fechar a galeria ao público e reforçar a segurança. O episódio ocorre poucos meses depois de um ataque cibernético em julho, que já havia comprometido os sistemas digitais da instituição.
“Esses objetos são insubstituíveis para a ciência e para a memória coletiva. O prejuízo não pode ser medido apenas em euros”, destacou a administração do museu em nota.