Uma declaração da educadora australiana Deanne Carson durante uma entrevista televisiva provocou um intenso debate nas redes sociais e na opinião pública. Ela defendeu que os pais deveriam buscar, ainda que de forma simbólica, o consentimento dos bebês antes de trocar suas fraldas sujas.
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Segundo Carson, mesmo que os recém-nascidos não consigam responder verbalmente, o simples ato de perguntar e aguardar alguns segundos — observando suas expressões ou movimentos corporais — pode ensinar, desde cedo, o valor do respeito e do consentimento. Assim, a educadora argumenta que essa prática contribuiria para o desenvolvimento emocional e relacional das crianças.
A proposta gerou opiniões opostas. De um lado, críticos consideraram a ideia exagerada ou sem fundamento prático. De outro, defensores enxergaram no gesto uma tentativa válida de estimular a consciência emocional e o aprendizado sobre limites pessoais. Ademais, muitos especialistas ressaltaram que o tema abre espaço para reflexões mais amplas sobre o modo como adultos se comunicam com as crianças.
Para Carson, o objetivo não é esperar uma resposta literal, mas criar um ambiente de diálogo desde os primeiros dias de vida. Nesse sentido, o gesto faria com que o bebê percebesse que suas reações e sua presença são valorizadas, fortalecendo a confiança e o vínculo com os cuidadores.
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A discussão segue dividindo opiniões entre pais, educadores e profissionais da infância. Além disso, o caso reacendeu debates sobre os limites entre o cuidado cotidiano e a formação de valores éticos, especialmente nos primeiros anos de desenvolvimento.