O Polo Norte magnético da Terra está em movimento contínuo e, nos últimos anos, seu deslocamento tem sido mais rápido do que o esperado. Antes localizado no Canadá, ele vem migrando em direção à Sibéria, na Ásia Setentrional, a uma velocidade que chegou a 50 quilômetros por ano nas últimas duas décadas. Recentemente, esse ritmo desacelerou para 35 quilômetros anuais, mas a mudança continua.
Esse deslocamento é resultado das dinâmicas internas do planeta. No núcleo da Terra, o ferro fundido em movimento gera correntes elétricas responsáveis pela criação do campo magnético, que, além de orientar bússolas e sistemas de navegação, protege o planeta da radiação cósmica e dos ventos solares.
Embora a mudança na localização do polo não tenha impactos diretos para a vida na Terra, sua intensidade e estabilidade são fundamentais. Animais migratórios, como baleias, tartarugas e aves, utilizam o magnetismo terrestre para orientação. Além disso, o campo magnético é essencial para o funcionamento de dispositivos GPS, bússolas digitais e sistemas de comunicação.
Outro fator que intriga cientistas é o enfraquecimento do campo magnético. Desde o início das medições, há 175 anos, sua força já caiu cerca de 10%, um fenômeno que ainda não foi completamente explicado. Caso essa tendência continue, pode haver impactos na proteção contra partículas solares e na operação de satélites geoestacionários.
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Em 2018, o Polo Norte magnético cruzou a Linha Internacional de Mudança de Data, no Oceano Pacífico, e agora está oficialmente no Hemisfério Leste. Os pesquisadores seguem monitorando sua trajetória e estudando as possíveis consequências desse deslocamento acelerado.