É comum observar crianças colocando a língua para fora ao se concentrarem em tarefas como desenhar, montar quebra-cabeças ou resolver problemas. Esse comportamento, embora pareça curioso, possui uma explicação científica. A projeção da língua para fora está relacionada ao esforço mental e à tentativa inconsciente de controlar os músculos faciais, minimizando distrações externas para manter o foco.
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Pesquisas sobre desenvolvimento infantil indicam que esse movimento se associa à forma como o cérebro processa informações e coordena ações. Quando a criança está altamente concentrada, seu cérebro redireciona toda a atenção para a tarefa, e o controle motor voluntário “desativa” alguns reflexos automáticos, como o movimento da língua. Esse gesto involuntário, portanto, auxilia na concentração, funcionando como uma “âncora” física para o foco mental.
Além disso, o fenômeno se relaciona ao desenvolvimento motor. Nos primeiros anos de vida, a criança aprende a coordenação motora fina, que inclui o controle dos movimentos faciais e da boca. Colocar a língua para fora alivia a tensão muscular na face, permitindo que a criança se concentre melhor na atividade sem sobrecarregar outros músculos.
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Conforme a criança cresce e aprimora seu controle motor, esse comportamento geralmente diminui. Ela passa a controlar melhor os gestos inconscientes, deixando de projetar a língua. Entretanto, esse reflexo é uma evidência de como corpo e cérebro trabalham juntos para otimizar a concentração e o desempenho em atividades que exigem foco.