Mesmo com a ruptura política estabelecida pela Proclamação da República, em 1889, a nova bandeira brasileira manteve fortes referências ao período imperial. Embora o regime monárquico tenha chegado ao fim, as cores verde e amarela, já tradicionais no estandarte do Império, foram preservadas pelos idealizadores da nova simbologia nacional.
A escolha não foi casual. O verde, associado à Casa de Bragança de Dom Pedro I, e o amarelo, ligado aos Habsburgo de Dona Leopoldina, já eram reconhecidos e amplamente utilizados em representações oficiais do país. Ao conservar essa paleta, os republicanos buscaram garantir continuidade visual e evitar rupturas bruscas com símbolos historicamente consolidados.
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A principal mudança, entretanto, apareceu no design: o brasão imperial deu lugar ao círculo azul estrelado, acompanhado da inscrição “Ordem e Progresso”, inspirada no positivismo. A composição modernizada pretendia marcar o início de uma nova era política, sem apagar totalmente as raízes que moldaram a identidade nacional.
