A Agência Espacial Europeia (ESA) deu início a uma missão pioneira com o objetivo de aprofundar o estudo da coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol. Para isso, dois satélites idênticos, conhecidos como Proba-3, foram projetados para criar eclipses solares artificiais enquanto orbitam a Terra.
Lançados por meio de um foguete da Agência Espacial Indiana (ISRO), os satélites são capazes de voar em formação extremamente precisa, com uma separação de apenas um milímetro, segundo informações divulgadas pela ESA. Essa configuração permitirá que os cientistas observem a coroa solar de forma prolongada, por até seis horas em cada sessão, algo que seria impossível durante eclipses solares naturais.
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Atualmente, os satélites estão em fase de comissionamento inicial no Centro Europeu de Segurança Espacial e Educação, na Bélgica. Em breve, eles serão separados por uma distância de cerca de 150 metros, alinhando-se de forma estratégica ao Sol. Esse alinhamento criará uma sombra controlada, simulando um eclipse e permitindo que os instrumentos científicos analisem detalhes da coroa solar que normalmente ficam ofuscados pelo brilho do disco solar.
Os eclipses solares são momentos únicos para estudar o Sol, pois bloqueiam o brilho intenso da estrela e tornam visível a estrutura da coroa. Na perspectiva da Terra, Sol e Lua parecem ter o mesmo tamanho, mesmo que o Sol seja 400 vezes maior e esteja 400 vezes mais distante. Esse alinhamento perfeito ocorre naturalmente de duas a cinco vezes por ano, mas dura no máximo sete minutos.
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Com os satélites Proba-3, os cientistas poderão replicar esse fenômeno por períodos muito mais longos, abrindo novas possibilidades para entender os processos que ocorrem na atmosfera solar e seu impacto em nosso planeta. A iniciativa promete avanços significativos na astrofísica e na compreensão dos mistérios do Sol.