A síndrome de pica é um transtorno alimentar incomum, caracterizado pelo consumo persistente de substâncias que não são consideradas alimentos como: terra, giz, papel, cabelo, sabão ou até objetos metálicos.
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Apesar de soar estranho para quem nunca ouviu falar, mas essa condição, embora seja mais comum em crianças pequenas, gestantes e pessoas com deficiência intelectual, pode atingir qualquer faixa etária.
Reconhecida pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a síndrome de pica envolve o impulso contínuo de ingerir itens que não possuem valor nutricional ou uso alimentar. O termo “pica” vem do latim e faz referência a um tipo de pássaro (a pega, ou “pica-pau”) conhecido por bicar de tudo.
As causas da síndrome de pica ainda não são totalmente compreendidas, mas diversos estudos apontam para fatores combinados; biológicos, psicológicos e sociais. Uma das hipóteses, inclusive, é a relação com deficiências nutricionais, especialmente de ferro e zinco. Nestes casos, o corpo pode estar tentando compensar a carência de minerais de forma desordenada.
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A condição também é observada em pessoas com transtornos do espectro autista, esquizofrenia, transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) e deficiências intelectuais. Nesses contextos, a síndrome de pica pode surgir como uma forma de lidar com estímulos sensoriais ou como resposta a estresse e ansiedade.