Com o início do conclave marcado para esta quarta-feira (7), o Vaticano reforçou uma série de medidas rigorosas para assegurar o completo isolamento dos cardeais que irão eleger o sucessor do Papa Francisco, falecido em 21 de abril. Durante o processo, 133 cardeais com menos de 80 anos de idade estarão reunidos na Capela Sistina, sem qualquer contato com o mundo exterior até que um novo pontífice seja escolhido.
O desafio de manter esse ambiente à prova de interferências se intensifica diante da realidade atual, marcada por tecnologias como smartphones, redes móveis e dispositivos de espionagem. Para preservar o caráter sigiloso do conclave, o local foi preparado com um sistema de segurança cuidadosamente planejado.
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Entre as providências adotadas está a instalação de equipamentos que impedem a transmissão de sinais de celular. Embora o Vaticano não confirme detalhes por motivos de segurança, especula-se que bloqueadores de sinal tenham sido escondidos sob o piso temporário da capela ou próximos às janelas, a cerca de 20 metros de altura. Filmes opacos foram aplicados nas janelas para impedir o uso de drones, e as telhas do edifício teriam sido adaptadas para obstruir ondas eletromagnéticas.
Além disso, todos os celulares dos cardeais devem ser entregues antes do início das votações. A Capela Sistina também conta com uma gaiola de Faraday, utilizada desde o conclave de 2013, que impede a entrada ou saída de campos eletromagnéticos, tornando qualquer tipo de comunicação eletrônica impossível dentro do espaço.
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Outra ação prevista é a suspensão temporária das torres de telefonia celular no território do Vaticano. De acordo com comunicado do escritório do governador, o sinal será cortado a partir das 15h (horário local) desta quarta-feira e só será restabelecido após o anúncio oficial do novo papa.
Apesar dos esforços, especialistas levantam dúvidas sobre a eficácia total dessas barreiras, uma vez que o Vaticano está no coração de Roma e cercado por redes de telecomunicação italianas. Ainda assim, o compromisso com o sigilo e a tradição religiosa permanece como prioridade absoluta durante este momento decisivo para a Igreja Católica.