Veja quais palavras podem entrar oficialmente para o vocabulário da língua portuguesa

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Com o ritmo acelerado das mudanças sociais, culturais e tecnológicas, novas palavras frequentemente surgem no vocabulário da língua portuguesa, muitas vezes originadas de outros idiomas. No entanto, ao serem incorporadas, elas ganham novos significados e se ajustam ao contexto linguístico local. Recentemente, três termos aguardam a decisão da Academia Brasileira de Letras (ABL) para sua possível inclusão no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), o dicionário oficial da língua.

Essas palavras são: “disania”, “terrir” e “pejotização”. O termo disania refere-se à dificuldade extrema de sair da cama pela manhã, algo que muitos podem entender como uma sensação de cansaço crônico ou desânimo. Terrir é um gênero cinematográfico que mistura elementos de terror e humor, uma tendência crescente nas produções audiovisuais atuais. Já pejotização descreve o processo de contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas, uma prática crescente no mercado de trabalho, especialmente no Brasil.

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Esses novos termos aguardam o aval dos lexicógrafos da ABL para serem oficialmente integrados ao idioma, passando a figurar no Volp, que define a grafia correta das palavras na norma padrão do português brasileiro. Ao contrário de dicionários como o Houaiss ou o Aurélio, que incluem gírias e expressões cotidianas, o Volp foca na forma culta da língua e serve como uma referência normativa com força de lei.

O processo de inclusão de novos termos no Volp é rigoroso. Ricardo Cavalieri, coordenador da Comissão de Lexicografia da ABL, explicou que, para um termo ser aceito, ele deve ter uso constante em textos escritos variados, estabilidade em diferentes contextos e, se necessário, passar por adaptações ortográficas. A ABL mantém um Observatório Lexical, onde palavras sugeridas por leitores e especialistas ficam em “sala de espera” até sua consolidação no uso diário.

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Além de “disania”, “terrir” e “pejotização”, outros termos como “cordonel”, “microssono”, “reclínio”, “retrofitagem” e “tokenização” também estão sendo avaliados pela ABL. A rapidez com que palavras como “covid-19” foram aceitas mostra como a linguagem pode responder rapidamente a fenômenos globais e necessidades de comunicação.

Com o avanço da tecnologia e as mudanças na sociedade, a linguagem continua a evoluir, adaptando-se às novas realidades e dando origem a palavras que atendem às necessidades comunicativas de um mundo em constante transformação.

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