Violência do narcotráfico obriga fechamento de santuário animal no México

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A crescente violência ligada ao crime organizado no estado de Sinaloa, no México, forçou o fechamento do Santuário Ostok, um dos principais refúgios de fauna silvestre do país. Mais de 700 animais foram transferidos para um novo local, em uma operação considerada a maior já realizada no México por motivos de segurança pública.

O diretor do santuário, Ernesto Zazueta, confirmou à CNN que a decisão foi tomada após meses de ameaças, tentativas de extorsão e roubos promovidos por facções rivais do cartel de Sinaloa. “Praticamente fomos expulsos. Havia pessoas querendo nos extorquir”, afirmou.

Espécies como elefantes, tigres, leões, hipopótamos, avestruzes, macacos e crocodilos foram realocadas para o Bioparque El Encanto, em Mazatlán, a mais de 200 quilômetros de distância. A transferência também incluiu animais domésticos como galinhas.

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A situação atingiu um ponto crítico quando uma elefanta chamada Viki sofreu uma lesão na perna e nenhum veterinário aceitou entrar na área por razões de segurança. “Culiacán se tornou a área mais perigosa. Nunca enfrentamos algo assim antes”, lamentou Zazueta.

Com o apoio de voluntários e organizações de proteção animal, a transferência foi feita sob condições adversas, mas com sucesso. Agora, os animais estão em um ambiente mais seguro, com infraestrutura adequada para cuidados veterinários e permanência prolongada.

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A mudança marca um momento simbólico da expansão da violência do narcotráfico sobre áreas até então afastadas do conflito armado. Ao mesmo tempo, destaca a resiliência de iniciativas civis diante de um cenário de crescente insegurança no país.

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