A maior palavra registrada no mundo é uma designação química, com mais de 189 mil letras, usada para descrever a estrutura completa de uma proteína chamada titin, presente nos músculos humanos. A palavra é tão extensa que, se fosse lida em voz alta, levaria cerca de três horas para ser pronunciada por completo. Por esse motivo, ela não aparece em dicionários comuns e é, na prática, usada apenas como uma curiosidade científica.
No entanto, ela não é escrita nem publicada na íntegra na maioria dos meios oficiais, por ser impraticável de ler ou escrever. A palavra tem 189.819 letras e começa com: “methionylthreonylthreonylglutaminylalanylprolylthreonyl…” e segue por mais de 60 páginas, descrevendo detalhadamente todos os aminoácidos que compõem a estrutura da proteína titin — a maior proteína do corpo humano, responsável por funções elásticas nos músculos.
A versão completa desse nome gigantesco representa, de forma sistemática, a sequência de componentes químicos da proteína, seguindo as regras da nomenclatura da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada). Como o titin é a maior proteína conhecida até hoje, seu nome técnico acaba sendo proporcionalmente extenso.
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Apesar de ser considerada a palavra mais longa já criada, linguistas e especialistas ressaltam que ela não é funcional no uso cotidiano, nem na linguagem científica comum. Na prática, utiliza-se apenas o nome titin para se referir à proteína, tornando o “palavrão” um exemplo extremo de como a linguagem científica pode ultrapassar os limites da comunicação usual.