Em diversos presídios brasileiros, um projeto chamado Remição pela Leitura vem oferecendo a internos em regime fechado ou semiaberto uma chance concreta de reduzir suas penas por meio da leitura. Essa iniciativa transforma o tempo de reclusão em oportunidade de aprendizado e reflexão.
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Oficializado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o projeto já está em andamento em unidades prisionais de várias regiões do país. De acordo com a proposta, cada obra lida pode diminuir até quatro dias da pena, desde que o participante cumpra alguns critérios básicos.
O processo é simples, porém estruturado. O detento deve escolher um livro dentro de uma lista previamente aprovada, composta por obras de literatura clássica, ciências ou filosofia. Em seguida, precisa escrever um resumo manuscrito, demonstrando compreensão e reflexão sobre o conteúdo lido.
Esse resumo passa pela avaliação de uma comissão, que verifica se o texto atende aos requisitos de qualidade e análise crítica. Se aprovado, o preso obtém a redução da pena de forma oficial. Além disso, há um limite anual de até 12 livros, o que pode representar 48 dias a menos na sentença.
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Apesar de sua função prática, o programa vai além da simples contagem de dias. Ele representa uma possibilidade real de transformação pessoal, promovendo acesso à educação, dignidade e um caminho viável para a reintegração social. Nesse sentido, a leitura se torna uma ferramenta poderosa de recomeço — mesmo dentro dos muros do sistema prisional.