Desde 1901, uma lâmpada ilumina um quartel de bombeiros em Livermore, Califórnia, sem nunca ter sido desligada por vontade própria. Ela, inclusive, entrou para o Guinness como a lâmpada mais duradoura da história.
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A história teve início quando bombeiros precisavam de luz constante para responder a emergências. Um empresário local doou a peça, fabricada à mão pela Shelby Electric Company, rival de Thomas Edison na época.
Em 2007, a física Debora Katz, da Academia Naval dos EUA, analisou lâmpadas semelhantes, e descobriu dois detalhes: o filamento é oito vezes mais grosso que o das lâmpadas modernas e, provavelmente feito de carbono, se comporta como semicondutor. Deste modo, quanto mais esquenta, melhor conduz a energia, o oposto do que acontece nas lâmpadas comuns.
Outro fator curioso: o próprio hábito de nunca ser apagada. O liga-desliga é o que mais danifica lâmpadas incandescentes, já que a expansão e contração do filamento cria microfissuras. Como a Centennial Bulb permanece ligada o tempo todo, evita esse estresse. A intensidade da luz diminuiu bastante ao longo dos anos, de 30 watts para cerca de 4 watts, mas o brilho ainda resiste.
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Hoje, a Centennial Bulb é cuidada como relíquia. Mudanças de prédio foram feitas com escolta policial e caminhão de bombeiros, para garantir que nada acontecesse à veterana.