Muito além de um romance adolescente comovente, o best-seller A Culpa É das Estrelas carrega uma inspiração verdadeira e profundamente tocante. A obra de John Green, que conquistou milhões de leitores e ganhou as telonas em 2014, foi motivada por uma jovem real que enfrentou o câncer com coragem e sensibilidade: Esther Grace Earl.
Esther foi diagnosticada com câncer de tireoide ainda criança. Em meio ao tratamento, passou a usar um tanque de oxigênio e encontrou, na escrita e no ativismo online, uma forma de expressar sua visão de mundo. Em 2009, ela conheceu o autor John Green em um encontro de fãs de Harry Potter. A conexão entre os dois foi imediata, e dali nasceu uma amizade que impactaria a carreira do escritor — e a literatura jovem como um todo.
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Esther faleceu em 2010, aos 16 anos, mas deixou marcas profundas. Segundo Green, sem sua convivência com ela, o livro simplesmente não existiria. Em diversas entrevistas, o autor revelou que foi Esther quem o ajudou a compreender que mesmo vidas breves podem ser intensas, cheias de significado e de afeto.
A história da jovem inspirou não apenas o romance de sucesso, mas também o Esther Day, celebrado anualmente em 3 de agosto, data de seu nascimento. Criada por John Green, a homenagem tem como objetivo incentivar declarações de amor entre familiares e amigos — algo que a própria Esther considerava essencial.
Após sua morte, os pais da garota fundaram a organização “This Star Won’t Go Out”, que oferece apoio a famílias com crianças em tratamento contra o câncer. Além disso, eles reuniram anotações, textos, cartas e registros pessoais da filha no livro A Estrela Que Nunca Vai Se Apagar, lançado com prefácio do próprio John Green.
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Embora Hazel e Augustus, os protagonistas do livro e do filme, sejam personagens fictícios, o sentimento genuíno de esperança, dor, e amor que atravessa A Culpa É das Estrelas nasceu de uma jovem que enfrentou o fim com uma intensidade rara — e que continua inspirando gerações.