Elas apareceram em uma única sequência, mas bastaram alguns segundos de tela para entrarem de vez no imaginário popular. Quatro décadas e meia após o lançamento de O Iluminado, as gêmeas Grady continuam sendo uma das imagens mais lembradas do terror nas telonas — mesmo sem terem seguido carreira na atuação.
Lisa e Louise Burns tinham apenas 11 anos quando foram escolhidas por Stanley Kubrick para interpretar as assombrações que surgem diante do pequeno Danny nos corredores do Hotel Overlook. Na obra original de Stephen King, as irmãs não eram gêmeas, mas o diretor optou por duas atrizes idênticas para causar maior impacto visual. E funcionou.
Hoje, aos 57 anos, as irmãs reapareceram nas redes sociais, recriando a icônica pose lado a lado, com roupas semelhantes às do longa. A imagem viralizou e reacendeu o interesse pelo destino da dupla que, ao contrário do que se esperaria após tanto reconhecimento, nunca mais voltou a atuar.
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Em uma entrevista concedida em 2015 ao Daily Mail, Lisa revelou que ambas desistiram da carreira artística após serem rejeitadas pela Royal Academy of Dramatic Arts, sob a justificativa de que já eram “profissionais” por terem participado de um filme — o único delas até hoje.
Com o tempo, as irmãs trilharam caminhos distintos: Lisa seguiu o direito e tornou-se advogada, enquanto Louise se dedicou à ciência e possui pesquisas publicadas, embora mantenha discrição sobre sua área de atuação.
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Apesar de terem deixado os sets para trás, guardam boas lembranças da experiência. “Era como se fôssemos convidadas para uma festa exclusiva todos os dias”, contaram. Elas também relembram o perfeccionismo de Kubrick, que levou uma semana inteira para gravar a famosa cena de suas mortes — um desafio logístico, já que havia apenas um par de vestidos disponíveis.
O resultado, no entanto, se eternizou. Mesmo com pouco tempo em cena, a imagem das meninas ensanguentadas, de mãos dadas, é referência obrigatória quando se fala de O Iluminado. E, ainda que tenham seguido rumos bem longe das câmeras, Lisa e Louise continuam a assombrar — e fascinar — gerações.