A nova temporada de Black Mirror, lançada nesta quinta-feira (10) pela Netflix, marca o retorno da aclamada antologia britânica com seis episódios inéditos. Entre os destaques, o capítulo “Brinquedo” chama atenção não apenas pela crítica ao universo dos games, mas por ter nascido de uma vivência marcante do próprio criador da série, Charlie Brooker.
Na trama, acompanhamos Cameron, um jornalista especializado em videogames vivido por Peter Capaldi, que se envolve com uma tecnologia inovadora que simula mascotes digitais altamente evoluídos. Incentivado por seu editor (Will Poulter), o personagem mergulha em uma experiência que evoca as relações criadas com os famosos “bichinhos virtuais” dos anos 2000 — mas com consequências muito mais complexas.
++ Marcos Oliveira ganha novo lar no Retiro dos Artistas após apoio de Marieta Severo
Brooker contou à revista Cosmopolitan que a ideia surgiu de uma memória amarga com um Tamagotchi: “Lembro-me de ter um. É impressionante como você se apega rápido. Acabei esquecendo o brinquedo no bolso da calça, lavei junto e ele morreu. Me senti terrível, como se tivesse fervido um hamster vivo”. Essa sensação de culpa real por um erro trivial deu origem ao dilema emocional de Brinquedo, que questiona os limites da empatia quando aplicada a entidades digitais.
++ Ator Oh Yeong-su de ‘Round 6’ é condenado a prisão por assédio sexual
A temporada mantém o formato tradicional da série, com episódios independentes e finais impactantes, mas surpreende ao trazer uma exceção: o sexto e último capítulo é uma continuação direta de “USS Callister”, um dos episódios mais celebrados da quarta temporada. Os atores Cristin Milioti e Jimmi Simpson voltam aos seus personagens para concluir a narrativa com uma nova perspectiva.
Todos os episódios da sétima temporada, assim como as temporadas anteriores de Black Mirror, já estão disponíveis na Netflix.