Uma mulher identificada apenas como B, que afirma ser filha de Freddie Mercury, vocalista da banda Queen, revelou detalhes emocionais sobre sua relação com o artista em um livro que será lançado em setembro. A obra, intitulada Love, Freddie, narra o suposto vínculo entre pai e filha e traz à tona aspectos até então desconhecidos da vida pessoal do cantor.
Na declaração divulgada antes da publicação, B afirma que foi fruto de um relacionamento passageiro em 1976 e que manteve um laço afetivo com Mercury até a morte do artista, em 1991. “Freddie Mercury foi e é meu pai. Tivemos um relacionamento muito próximo e amoroso desde o momento em que nasci até os últimos 15 anos de sua vida. Ele me adorava e era dedicado a mim”, diz um trecho do livro.
A revelação surpreendeu fãs e reacendeu debates sobre a vida íntima do cantor, cuja orientação sexual e relacionamentos sempre despertaram interesse público. Mercury teve um longo relacionamento com Mary Austin, considerada sua maior confidente, antes de assumir-se gay. Austin herdou parte da fortuna do artista e é uma das figuras centrais em sua biografia.
B, que tinha 15 anos quando Mercury morreu, afirma ter vivido anos de luto silencioso, enquanto o mundo celebrava o astro. “Eu chorei e lamentei meu pai enquanto fãs ao redor do mundo lamentavam Freddie. Com apenas 15 anos, não é fácil passar por isso”, afirmou. “Tive que me tornar adulta sem ele.”
++ Matthew McConaughey perdeu papel em Titanic ao recusar pedido de James Cameron
Controvérsia com Mary Austin
A publicação também reacendeu tensões envolvendo Mary Austin, que teria declarado não conhecer a existência de B. A autora do livro, a jornalista Lesley-Ann Jones, disse ter tentado contato com Austin diversas vezes sem sucesso. Segundo Jones, o conteúdo da obra se baseia em 17 diários manuscritos que Mercury teria lhe entregue semanas antes de morrer.
B lamentou a resposta de Austin: “Por 34 anos, a verdade sobre a vida de Freddie foi distorcida, mas ela nunca disse nada — exceto por seu comentário sobre o filme Bohemian Rhapsody, que ela descreveu como ‘licença artística’”.
Jones, que já escreveu outras biografias sobre ícones do rock, afirmou que decidiu publicar a história por considerar o relato consistente e documentado. B também defendeu a publicação: “Foi minha decisão entrar em contato com Lesley-Ann Jones. Ela respeitou meus pedidos durante todo o processo editorial”.
++ Personagens de desenho ganham versões realistas que surpreendem pela semelhança; confira
Legado e memória
Freddie Mercury, falecido em 1991 vítima de complicações da Aids, é considerado um dos maiores vocalistas da história do rock. Sua presença de palco marcante e sua voz inconfundível continuam influentes. A possível existência de uma filha nunca foi mencionada publicamente por ele ou por seus representantes até agora.
Love, Freddie promete provocar novas discussões sobre a vida privada do cantor e seu legado. A confirmação ou não da história poderá gerar desdobramentos jurídicos e midiáticos nos próximos meses.
Até o momento, os representantes do Queen e da família de Mercury não se manifestaram oficialmente sobre o conteúdo do livro.