O Met Gala 2025 transformou o Museu Metropolitano de Arte de Nova York em uma celebração da elegância e da herança negra, com a modelo Gigi Hadid protagonizando um dos momentos mais marcantes da noite. Vestindo um modelo inspirado na estilista Zelda Wynn Valdes, pioneira da moda afro-americana nos anos 1940, Hadid homenageou Josephine Baker — artista, ativista e heroína da Segunda Guerra Mundial.
Reconhecida como a primeira estrela negra a conquistar fama internacional nas artes cênicas, Baker teve uma trajetória que ultrapassou os palcos. Nascida nos Estados Unidos, fez carreira na França, onde brilhou no cinema e nos teatros, desafiando o racismo da época com sua arte e carisma. Durante a guerra, atuou como agente da resistência francesa e colaborou com serviços de inteligência dos Aliados, arriscando a própria vida para transmitir informações sigilosas escondidas em partituras musicais.
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A homenagem de Hadid se encaixou com perfeição no tema desta edição do evento, “Superfine: Tailoring Black Style”, que destacou a estética negra na alfaiataria e na identidade. A escolha do look evocou o glamour clássico de Baker, ao mesmo tempo em que celebrava sua força política e histórica.
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Condecorada com as mais altas honrarias francesas após a guerra, Josephine Baker foi também uma voz ativa no movimento pelos direitos civis. Recusou, inclusive, substituir Martin Luther King após seu assassinato, por temer a segurança de seus filhos adotivos. Em 2021, ela se tornou a primeira mulher negra a ser homenageada no Panteão da França, um reconhecimento à sua coragem e legado incomparável.
Hadid, ao levar essa história ao tapete vermelho, deu novo fôlego à memória de uma mulher que usou sua fama para lutar por justiça, liberdade e igualdade.
