Uma canção que simbolizou a repressão ao futebol feminino no Brasil acaba de ganhar uma nova versão, desta vez interpretada por quem mais entende do assunto: as próprias jogadoras. O clássico “Futebol Feminino”, proibido em 1941 junto com o decreto que vetava a participação de mulheres no esporte, foi regravado por 11 atletas brasileiras em um projeto idealizado pela Amazon Brasil.
A ação faz parte de uma campanha que busca dar maior visibilidade às mulheres no futebol, além de resgatar a memória de décadas de luta por igualdade de gênero dentro dos campos. A nova versão da música traz arranjos modernos e contou com a participação de nomes como Amanda Gutierres, Byanca Brasil, Carol Gil, Gabi Zanotti, Glaucia Cristiano, Kaylaine Souza, Marzia Raposo, Mimi Souza, Tayla Carolina, Thaisinha Duarte e Vic Albuquerque. As gravações aconteceram no Cabaret Studio, com apoio da jornalista esportiva Fernanda Gentil.
A reinterpretação da canção integra uma série de conteúdos que a Amazon vai lançar ao longo do ano, incluindo um making-of da gravação, minidocumentários, debates e um filme institucional sobre o futebol feminino no Brasil.
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O projeto reforça o posicionamento da empresa como patrocinadora oficial de dois dos principais torneios da modalidade no país: o Campeonato Paulista e o Brasileirão Feminino.
“Queremos promover não só o talento, mas também a história dessas atletas. A música amarra a campanha como um símbolo de resistência e superação, relembrando as gerações de mulheres que enfrentaram preconceitos para conquistar seu espaço no esporte”, afirmou Lillian Dakessian, diretora de marca e comunicação da Amazon Brasil, em nota oficial.
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A agência AlmapBBDO é a responsável pela criação da campanha, que também pretende abrir espaço para discussões mais amplas sobre o acesso das mulheres ao futebol e o reconhecimento de suas trajetórias.
A proibição do futebol feminino no Brasil vigorou por quase quatro décadas, até ser oficialmente revogada em 1979. A nova versão de “Futebol Feminino” chega, portanto, como um tributo às pioneiras e uma celebração das conquistas atuais.